Globo demite o diretor ou diretora, enfim, o #EleNão Aguinaldo Silva #AfonteSecou

O dramaturgo, escritor e roteirista pernambucano Aguinaldo Silva foi demitido da TV Globo nesta semana, após mais de 40 anos da empresa.

A emissora informou nesta quinta-feira (2) que não irá renovar contrato com o novelista, responsável por mais de 20 novelas no canal.

Seu último trabalho na empresa foi O sétimo guardião, novela de realismo fantástico que acabou amargando um fracasso de audiência, recebendo diversas críticas negativas.

#EleNão

O dramaturgo Aguinaldo Silva criticou o governo de Bolsonaro por suspender um edital público para a seleção de produções audiovisuais com a temática “diversidade de gênero” para a televisão.

Pelo Twitter, o autor comparou a medida do governo com a perseguição a gays na década de 1970, período da Ditadura Militar. “Nós, gays e etc., teremos que nos esconder ou então correr da polícia de novo como acontecia na década de 70? É o que parece”, escreveu o autor na manhã desta quarta-feira, 21.

Além da baixa audiência de sua última criação, os recentes cortes do Grupo Globo também podem justificar a decisão.

Natural de Carpina, Aguinaldo começou a trabalhar como jornalista no Última Hora Nordeste. Após o golpe militar, foi morar no Rio de Janeiro, onde passou a trabalhar como repórter polícial no jornal O Globo. Fez seu primeiro trabalho ligado à dramaturgia em 1979.

Até hoje ele é o único autor de novelas do mundo que possui dois prêmios Emmy Internacional: o primeiro conquistado pela supervisão da telenovela portuguesa Laços de Sangue (2010), e o segundo por Império (2014).

Aguinaldo Silva também escreveu algumas das novelas de maior audiência da década de 1980, como Roque Santeiro. Na década de 2000, emplacou Senhora do Destino, e Fina Estampa na década de 2010.

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