A vice-presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputada Alessandra Campêlo (MDB), utilizou a tribuna da Casa nesta terça-feira (18) para cobrar a rede de telefonia Claro pela demora na entrega de cinco mil chips comprados pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Durante reunião com o reitor da universidade, Cleinaldo Costa, na manhã desta terça-feira, foi relatado à deputada que a entrega dos chips está atrasada há três semanas, prejudicando as aulas, que estão acontecendo de forma online devido à pandemia do novo coronavírus. Segundo o reitor, os chips devem atender os alunos que não tem acesso à internet.
Ao todo, são cinco mil chips e mil smartphones que devem atender, prioritariamente, alunos do interior. Além disso, em lugares onde a Claro não atende, a universidade está disponibilizando R$50 reais para que alunos de baixa renda possam comprar seus próprios chips, com créditos para a internet, para baixarem o conteúdo e assistirem as aulas.
“A UEA fez a compra desses chips e a entrega, assim como as aulas, está atrasada há um mês sob a justificativa da existência de uma dívida antiga. Acontece que o aluno não pode ser prejudicado por conta de um problema que não é dele. Vou entrar em contato com a direção regional da Claro, que fica em Belém, para cobrar providências imediatas antes de tomarmos medidas severas”, afirmou.
A vice-presidente da Aleam reiterou o compromisso com a evolução e o fortalecimento da universidade. Ela disse, ainda, que se necessário, vai buscar o apoio da bancada federal para garantir recursos.
“Fiquei positivamente impactada com o quanto nossa universidade evoluiu apesar de todo o cenário econômico e política no estado e país. A UEA é membro do estado do Amazonas. Precisamos aproveitar a inteligência que lá se forma porque esse conhecimento é financiado pelo povo do amazonas e precisa voltar para o povo de alguma forma”, completou.
Em resposta a Operadora Claro disse: “A Claro esclarece que a Universidade do Estado do Amazonas não tem cadastro aprovado pela Claro e, em função disso, a venda não foi efetuada.”
Manacapuru
Ainda na tribuna, a parlamentar criticou a demora na entrega da obra de reforma e ampliação do Mercado Municipal Azizi Dibo Mussa, localizada no município de Manacapuru, a 84km de Manaus. A parlamentar afirmou que vai solicitar a ajuda do Tribunal de Contas do Estado (TCE/AM) para fiscalizar a obra, financiadas por convênio com o Governo do Estado por meio da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra).
“O mercado não é entregue porque a prefeitura tem problemas com prestação de contas e isso prejudica os comerciantes. Esse imbróglio já tem algum tempo e até hoje não foi resolvido. A realidade é que a obra não condiz com o relatório de prestação de contas e, dessa forma, o governo fica impedido de finalizar o convênio. Talvez seja o momento dessa Casa intervir”, disse.
Entre os motivos do atraso do convênio estão pendências recorrentes nas prestação de contas, como falta de documentação e inconsistências no plano de trabalho; além de pendências no Diário de Obra e revestimento e instalações hidráulicas executadas em desacordo com o previsto no Plano de Trabalho.
Assessoria da deputada Alessandra Campêlo – MDB
Jornalista Ana Luiza Santos
Foto: Jimmy Christian