#ChupaEssaMangaManaus – Pagamos a passagem de ônibus mais cara do norte e os vereadores culpam os usuários pelo caos no sistema

Vereadores de Manaus na cara de pau atribuíram a situação caótica do sistema de transporte coletivo da capital a queda no número de usuários dos coletivos e, consequentemente, à redução no lucro das oito empresas que operam neste modal em Manaus. A manifestação dos parlamentares foi após um grupo de usuários do transporte ocuparem à galeria da Câmara Municipal de Manaus (CMM) pedindo melhorias da qualidade do transporte e o posicionamento dos vereadores.

Em entrevista à reportagem de A CRÍTICA, o assessor jurídico do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas (Sinetram), Fernando Borges, afirmou que o modal apresentou uma queda no faturamento desde 2016 na ordem de 25%, reflexo da queda de passageiros.

Cerca de 1.300 coletivos circulavam, diariamente em Manaus, distribuídos em 230 linhas de ônibus. Segundo o Sinetram, oito empresas operam neste modal com a média de 500 mil passageiros por dia. Até 2015, a média de usuários do transporte coletivo era de 800 a 900 mil e a partir de 2016 vem apresentando uma queda acentuada.

De acordo com dados da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), 1.356 ônibus circulam na capital, sendo 178 articulados. São aproximadamente 2,9 mil duplas de cobrador e motorista trabalhando nos coletivos.

No modal alternativo são 249 veículos e no executivo cerca de 192 ônibus. No dia 27 de maio, o grupo protestou na galeria da Casa criticando a derrubada da convocação do presidente do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans), Franklin Pinto, pela base do prefeito Artur Neto (PSDB). O requerimento visava a prestação de esclarecimentos sobre a renovação da frota.

De acordo com um dos Integrantes do Movimento Fiscaliza Manaus, o motorista Gledson Lima, de 36 anos, o protesto é um pedido de transparência nos repasses da Prefeitura de Manaus às empresas de ônibus. Em dezembro de 2018, o executivo municipal repassou o subsídio de R$ 9 milhões, em caráter emergencial, ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) para o pagamento dos funcionários das empresas do transporte coletivo da capital.

“Em março, os rodoviários paralisaram com a pauta de que não tinham recebido décimo terceiro e nem férias. Ontem mesmo funcionários da empresa Global Green paralisaram as atividades pela ausência desses pagamentos”, disse Jeferson, que relembrou a precariedade dos coletivos de Manaus com a média diária de 15 panes.

Acritica

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