ETFs temáticos conquistam o mercado financeiro

rodutos listados na B3 estão cada vez mais diversificados e atraem o interesse dos investidores

Os fundos de índice (ETFs) têm despertado cada vez mais o interesse dos brasileiros que investem na bolsa de valores. No período de 2018 a 2021, o patrimônio desse tipo de fundo quase quadruplicou, subindo de R$ 12 bilhões para R$ 47 bilhões, segundo dados da B3. O crescimento reflete o aumento da demanda em paralelo ao da oferta.

A lista de ETFs disponíveis na B3 não só aumentou nesse período, como também se diversificou. Até o início de agosto, a Bolsa de Valores ofertava 73 fundos de índice diferentes.

Além de ETFs tradicionais — que seguem índices amplos, como o Ibovespa —, há outras opções temáticas, como os fundos atrelados aos índices de governança, sustentabilidade, small caps e internacionais.

Se inicialmente a movimentação dos investimentos em ETFs manteve-se direcionada aos produtos mais tradicionais, agora os investidores têm diversificado não só a carteira, mas também os interesses. Levantamento realizado pela Teva Indices neste ano identificou que os fundos de índices temáticos começaram o ano com o maior volume de captação.

De acordo com o levantamento, os três fundos com maior captação foram o SMAL11, que reúne small caps; o HASH11, composto por criptomoedas; e o ESGU11, que engloba empresas listadas nas bolsas estadunidenses com boas práticas de governança, responsabilidade ambiental e social (ESG).

Conheça o produto antes de investir

A orientação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) é para que o investidor pesquise sobre os produtos financeiros disponíveis no mercado antes de investir. Por isso, em vez de escolher um ETF apenas por ser muito procurado no momento, é necessário fazer essa avaliação.

O fundo de índice é um investimento em renda variável que reúne diferentes ativos em um único produto. Todos eles são atrelados a um índice de referência. Essa característica o torna um fundo diversificado e mais seguro dentro da modalidade renda variável. Além disso, os custos são acessíveis aos pequenos investidores.

A natureza do ETF é apontada como o principal fator responsável por atrair cada vez mais investidores. No entanto, é preciso que eles prestem atenção à cobrança de taxas e aos custos envolvidos na operação. A Anbima também recomenda acompanhar os índices de referência para saber o melhor momento de investir.

Entenda os índices temáticos

Cada um dos ETFs temáticos que iniciaram 2022 com maior volume de captação segue um índice de referência diferente. O SMAL11 é um dos quatro ETFs de small caps listados na B3. Além dele, há o SMAB11, o TRIG11 e o SMAL11. Todos eles estão atrelados ao Índice Small Cap (SMLL).

De acordo com informações da B3, o SMLL funciona como um indicador de desempenho dos ativos de empresas de menor capitalização listadas na Bolsa de Valores, as chamadas “small caps”.

Já o HASH11 foi o primeiro ETF de criptomoedas listado na B3. A gestora responsável por ele é a Hashdex Criptoativos, apontada como uma das maiores da América Latina. O fundo reflete o índice Nasdaq Crypto Index (NCI), composto pelas principais criptomoedas do mercado, como Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH).

Por fim, o ESGU11 replica o desempenho do MSCI USA Extended ESG Focus Index, índice internacional que reúne ativos de empresas globais de tecnologia.

Para investir em ETFs, é necessário ter uma conta em uma plataforma de investimentos que permita o acesso aos produtos da B3. As ordens de compra e venda são feitas on-line. A equipe de profissionais da plataforma onde o investidor é cliente pode orientá-lo sobre como compor uma carteira compatível com o seu perfil e os seus interesses.

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