Sejel reconhece contribuição do Tribunal de Justiça Desportiva do Amazonas para a melhoria do desempenho das modalidades

O esporte movimenta milhões de atletas no mundo inteiro, o ano inteiro, todos os anos. No Amazonas não é diferente. O fluxo de competições permite que inúmeros talentos sejam descobertos e que cada vez mais modalidades possam ser desenvolvidas.

No entanto, nem tudo ocorre de forma linear e serena. Em alguns momentos, divergências ou descontentamentos com resultados e atuações e brigas, entre outras situações que colocam em risco o andamento das competições, prejudicam todos os investimentos feitos. Cabe ao Tribunal de Justiça Desportiva do Amazonas (TJD-AM), órgão que colabora com a melhoria do desempenho do esporte em todo o Estado, sanar essas adversidades e garantir a continuidade das competições.

“O futebol profissional e os jogos universitários (futebol) só chegaram ao fim neste ano por causa do Tribunal, que é imprescindível”, disse o secretário de Estado de Juventude Esportes e Lazer, Caio André de Oliveira. Para ele, o TJD é de suma importância não apenas para o futebol, mas para todo o desporto amazonense, uma vez que há situações que necessitam de jurisdição e mediação para resolvê-las, durante a competição. “Enquanto secretário, acredito que o TJD desempenha papel salutar nessas questões, aplicando as penalidades necessárias aos infratores e às agremiações que excedem seus direitos e poupando os organizadores das criticas. A Sejel reconhece o valor e a grande contribuição que o Tribunal tem para o desporto no Estado”, destacou.

Operador do Direito por profissão (advogado), Caio aprova e elogia o lado operacional do Tribunal. “Podemos perceber mais fortemente o papel do TJD, que tem levado ao Amazonas, de forma bem satisfatória, uma maior segurança jurídica nas competições realizadas pelas federações e demais entidades”, reconheceu.

Essa atuação tem sido fundamental, principalmente na modalidade futebol. O diretor de competições da Federação Amazonense de Futebol (FAF), Ivan Guimarães, também reconhece a atuação do TJD para o esporte Amazonense e afirma que hoje, seria impossível realizar competições sem a segurança oferecida pelo TJD. “Só temos a agradecer. Esse trabalho feito pelo TJD, sem ganhar nada pra isso, nos garante a serenidade necessária para fazermos sempre o que é melhor para a comunidade e pra modalidade”, afirmou Guimarães. “Parabéns ao presidente Edson Rosas, ao ex-presidente André Oliveira e também pela atuação de todos no Tribunal de Justiça Desportiva, que se consolidou no nosso estado. É uma vitória para todas as modalidades”, comemorou.

Casos polêmicos – Até o fim de maio de 2019, quatro casos marcaram o desporto amazonense e precisaram ser julgados pelo TJD-AM. Um deles foi por conta de uma confusão ocorrida durante as disputas do Jogos Universitários do Amazonas (Faud), na modalidade futebol de campo. Na ocasião, atletas se desentenderam em campo e provocaram uma briga generalizada, motivo pelo qual foram submetidos a julgamento pelo Tribunal.

“Nunca tivemos nenhuma ocorrência como essa, de se chegar às vias de fato. Então, acionamos o TJD e isso foi de fundamental importância para o bom andamento do processo, já que atitudes como as dos envolvidos não condizem com o comportamento acadêmico e nem com o desporto educacional no nível universitário. O Tribunal vem para advertir e corrigir determinadas ações, de forma educativa, para que a violência não ocorra e nem seja estimulada, seja por atletas, treinadores, dirigentes, torcida, entre outros”, explicou a presidente da Faud, Lilian Valente.

Quem também aderiu ao TJD foi a Federação de Basquete do Amazonas (Febam), com a Copa Cidade de Manaus Adulto da modalidade. O presidente da Febam, Ali Assi, falou sobre o suporte que o Tribunal oferece. “Tivemos apenas um caso em que um atleta desrespeitou um árbitro, ao final do jogo, sem direcionar ofensas, mas com palavrões. O jogador foi submetido ao TJD, que lhe aplicou uma advertência. Acredito que, por menor que seja a ação, é importante que os competidores sejam corrigidos quando necessários. Neste quesito, o Tribunal oferece um grande suporte, pois auxilia neste processo, para o bom andamento do esporte”, afirmou.

Atuação – O presidente do TJD, Edson Rosas, ressaltou a contribuição do órgão frente ao esporte amazonense. “O TJD atua em seis modalidades, entre elas futebol, futsal, handebol, basquetebol, tênis de mesa e, recentemente, com a Faud. Até o fim de junho, acredito que mais dois esportes entrarão nessa conta. Contribuímos, acima de tudo, com a disciplina nas competições e é exatamente esse o ‘feedback’ (retorno) que temos dos presidentes de Federações, pois o auxílio maior é por conta da questão comportamental, que afeta os campeonatos e são trazidos para a apreciação do Tribunal”, explicou.

Educação – Além das sessões, Edson Rosas falou do caráter educativo promovido pelas ações do Tribunal. “Fazemos um workshop com atletas, árbitros e dirigentes de cada modalidade para explicar o que é a justiça desportiva. Além disso, temos a Escola Regional da Justiça Desportiva, pela qual fazemos esses cursos, treinamentos, entre outros, e já vamos preparar uma pós-graduação para todas as pessoas envolvidas no esporte. Mais do que conscientizar, queremos conversar com todos e buscar uma oportunidade de melhorarmos o desenvolvimento esportivo do Estado, orientando a base, trazendo cursos de formação e assim sucessivamente”, destacou.

Sobre as atividades do TJD, Edson lembrou dos valores agregados a cada decisão. “Não é só a questão disciplinar, mas também o TJD procura estimular os desportistas e todos aqueles que passam por aqui, a fazerem o que é certo e, com isso, aprender lições importantes como saber ganhar e saber perder, respeito ao próximo, formação de caráter, entre outros. O Tribunal não se limita às sessões de julgamento, mas desenvolve o esporte como um todo. Esse é o maior diferencial”, pontuou.

Gratuidade – Conforme o presidente do órgão, a maioria das ações promovidas pelo TJD são gratuitas e constantes. “Não cobramos pelas palestras, workshops, cursos e demais ações realizadas. Entretanto, algumas inscrições possuem cunho solidário, em que é cobrado um quilo de alimento não perecível. O total arrecadado é reunido e doado a instituições de caridade”, explicou ele. “Todo mês tem algo voltado para o esporte, não apenas na área jurídica. Além disso, as palestras podem ser acompanhadas por meio de transmissão ao vivo. Da mesma forma fazemos com as sessões, já que não temos processo físico. Isso permite, além de outras coisas, a transparência de todos os processos que por aqui tramitam”, finalizou.

Próximo evento – No próximo sábado (08/06), a partir das 9h, uma videoconferência será realizada na sede do TJD-AM, localizada na rua Rio Purus, nº 29, bairro Nossa Senhora das Graças, com o tema “Futebol Feminino em Portugal: treinamentos e lesões”, ministrada pelo Prof. Msc. Renato Fernandes, licenciado e mestre em Ciências do Desporto pela Universidade de Lisboa (FMH) e doutorando pela Utad. Os interessados em participar do evento deverão entrar em contato pelo telefone (92) 98231-2473. A inscrição será um quilo de alimento não perecível.

FOTOS: DIVULGAÇÃO/FAF

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