Ação protegerá 10 mil ovos de quelônio depositados em praias de unidade de conservação no Amazonas

Aproximadamente 3 mil ovos de tracajá (Podocnemis unifilis) foram coletados, neste fim de semana, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Igapó-Açu, nos municípios de Borba e Careiro Castanho. A meta é proteger 10 mil ovos depositados nas praias da reserva neste ano. O trabalho faz parte de monitoramento ambiental realizado na Unidade de Conservação (UC), gerenciada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).

O trabalho de monitoramento e soltura de quelônios é realizado na RDS Igapó-Açu há dez anos, coordenado pelo Projeto Pé-de-Pincha, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com apoio do Ibama, Sema, Instituto NET Claro Embratel e Prefeitura de Careiro Castanho, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Nas duas primeiras coletas, os moradores das comunidades Nova Geração do Igapó Açu e São Sebastião do Igapó Açu, acompanhados de técnicos ambientais, realizaram a coleta dos ovos depositados nas praias da reserva, que ficam entre seis e nove horas de viagem das comunidades. É feito um levantamento que aponta o local, data, quantidade de ovos e espécie encontrada. As equipes realizam ainda a biometria dos ovos, checando o comprimento, largura e peso.

Os trabalhos de monitoramento na RDS Igapó-Açu devem seguir até o fim deste mês de agosto e são feitos por monitores que vivem na unidade de conservação. Após a coleta, os monitores cuidam dos ovos até a eclosão. Quando os filhotes atingem tamanho que permita a sobrevivência na natureza, são soltos nas praias.

O técnico em Conservação da Sema, Diego Morgado, que atua na gestão da RDS Igapó-Açu, destacou a importância dos Agentes Ambientais Voluntários (AAV) no processo de monitoramento e cuidado com os quelônios.

“Os monitores ambientais em sua grande maioria são Agentes Ambientais Voluntários formados dentro da UC, que nos apoiam em diversas atividades de conservação ambiental. Este momento de monitorar a biodiversidade é muito importante para quem vive na reserva, pois é quando todas as comunidades se unem em prol da preservação e conservação dos quelônios”, afirmou.

Soltura de quelônios – De acordo com o técnico da Sema, Jefferson Moreira, 11 unidades de conservação estaduais realizam o trabalho de monitoramento de quelônios, por meio do Programa de Monitoramento da Biodiversidade e do Uso Sustentável de Recursos Naturais (Probuc). “No último ciclo do programa, devolvemos à natureza mais de 304 mil quelônios nas UC que participam do programa. É um trabalho importante para garantir a preservação destas espécies, tão visadas para consumo e também para comercialização ilegal”, disse.

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Fotos: Diego Morgado/SEMA

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