O “Banzeiro da Esperança” é uma expedição fluvial e cultural que conectará comunidades ribeirinhas, povos indígenas e quilombolas, juventudes, pesquisadores e parceiros no trajeto Manaus–Belém, com paradas em Parintins e Santarém, rumo à COP30 (10 a 21 de novembro de 2025, em Belém). Idealizada pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e pela Virada Sustentável, a jornada culminará na entrega da “Carta da Amazônia”, com propostas concretas para adaptação climática, conservação e sociobioeconomia.
“O Banzeiro da Esperança é uma grande jornada de Manaus até Belém que leva diferentes vozes da Amazônia para apresentar prioridades e soluções frente às mudanças climáticas. É um caminho de enfrentamento à injustiça climática, pois quem menos contribuiu para o problema é quem mais sofre seus impactos,” afirma Virgilio Viana, Superintendente Geral da FAS.
A viagem de Manaus a Belém
A partida está prevista para 4 de novembro, em Manaus, por volta das 19h, no Mirante Lúcia Almeida. No dia 5, ocorre uma parada cultural em Parintins, e terá um encontro com os bois Caprichoso e Garantido. No dia 6, o barco chega a Santarém para parada técnica.
Entre os dias 4 e 7 de novembro, durante a navegação, haverá atividades pela manhã, tarde e noite, integrando lideranças, juventudes e parceiros a bordo. A chegada a Belém está prevista para 7 de novembro.
Destaques da programação a bordo
Painéis sobre COP30 e agendas de clima na Amazônia;
Escutas de relatos comunitários;
Mural de memórias e exposição fotográfica;
Oficinas de audiovisual e apresentação de materiais produzidos ao longo da jornada.
Banzeiro da Esperança em Belém
Ao atracar em Belém, o Barco Cultural “Banzeiro da Esperança” se tornará um Centro Cultural e de conteúdo aberto, servindo como plataforma de visibilidade e intercâmbio de saberes e expressões da Amazônia.
“A arte e a cultura gerando reflexão e informação sobre os temas da sustentabilidade sempre foram a principal missão da Virada Sustentável, e ganham um contorno especial nesse projeto inédito para a COP30”, afirma André Palhano, cofundador da Virada Sustentável
A programação do “Banzeiro da Esperança” reflete a potência e a diversidade cultural da Amazônia, articulando arte, conhecimento e mobilização social em um mesmo fluxo. Resultado de um edital público que recebeu mais de uma centena de inscrições, de uma curadoria local e de uma mobilização de rede, a agenda foi concebida para valorizar as produções locais e promover conexões.
Ao longo da jornada e nas atividades em Belém, o Banzeiro abrigará ações artísticas e formativas, incluindo shows musicais, apresentações de artes cênicas, mesas de debate, workshops, rodas de conversa e atividades conduzidas por parceiros institucionais, criando pontes entre cultura, sustentabilidade e futuro.
Um dos destaques é a mostra especial da Amazônia Negra, com dois dias inteiros voltados à valorização das expressões culturais afro-amazônicas. A programação ainda contará com painéis sobre a COP30 e as agendas climáticas da região, oficinas de audiovisual, exposições e espaços de intercâmbio.
O Banzeiro se consolida como um centro flutuante de diálogo e criação coletiva, reunindo arte, conhecimento e ancestralidade em um percurso simbólico que conecta o Rio Amazonas à Conferência do Clima em Belém, e o mundo às vozes da floresta.
Durante a COP30
Na COP30 (10–21/11/2025), a comitiva articulada pelo “Banzeiro da Esperança” entregará a “Carta da Amazônia” a autoridades, negociadores e sociedade civil, além de promover agendas de incidência, painéis e ações culturais em espaços oficiais e paralelos.
Planos de Ação Climática
Desde julho, diversas instituições participaram da Jornada de Formação para a COP30, uma mobilização nacional que reuniu lideranças indígenas, ribeirinhas e quilombolas para fortalecer a capacidade de incidência e negociação e garantir presença efetiva nos espaços decisórios da conferência. Mais de mil pessoas participaram dessas oficinas.
“Esta edição da COP30 é um marco para o Brasil e o mundo, e as pessoas daqui precisam ser as primeiras a falar e a serem escutadas. Esse é um dos objetivos dos planos,” afirma Valcléia Lima, Superintendente Geral Adjunta da FAS.
A iniciativa tem parceria institucional com o Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e apoio da Rede Conexão Povos da Floresta.
Em Manicoré (AM), a estudante Dáfira Laborda da Conceição destacou que a oficina foi um marco de união e fortalecimento: “Mostrou a importância de estarmos organizados e de unirmos forças em torno da educação e da adaptação às mudanças climáticas. A escola flutuante é um exemplo de como transformar dificuldades em soluções para as próximas gerações.” Foram recebidos 71 planos, dos nove estados da Amazônia Legal e 30 foram selecionados para compor o projeto “Banzeiro da Esperança”.
Seminário sobre Planos de Ação Climática
Antes da partida rumo a Belém, lideranças comunitárias se reúnem em Manaus, na sede da FAS, no dia 04 de novembro, para consolidar suas propostas que seguirão para a etapa de captação de recursos.
Sobre a iniciativa
A iniciativa é uma articulação interinstitucional que visa mobilizar a sociedade para a maior conferência climática do planeta, que será realizada em Belém (PA), em 2025. O projeto é apresentado por meio da Lei de Incentivo à Cultura e Sabesp, com realização da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Virada Sustentável e Ministério da Cultura. Conta com o patrocínio da Heineken SPIN, Vale e WEG, e com o apoio da Bemol, Ecosia, Edenred, Instituto Itaúsa e Suzano. O projeto também tem parceria com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), Rede Conexão Povos da Floresta e Ministério dos Povos Indígenas (MPI). A Rede Amazônica é parceira de mídia oficial do projeto.





