Serafim diz que monopólio do refino é responsável pelo aumento do combustível

O deputado Serafim Corrêa (PSB) lamentou mais um aumento no preço da gasolina, que hoje já ultrapassa os R$ 5 em Manaus. Da tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), nesta quinta-feira, 20, o parlamentar disse que, apesar da quebra do monopólio da extração do petróleo, ainda existe um “monopólio no refino”, o que encarece o produto final.

“Verifico que, em Manaus, e isso não é apenas só aqui, o preço da gasolina já passa dos R$ 5. Entendo que este assunto não pode ser tratado no viés de eleição. Tem que ser tratado de uma forma mais ampla. O que está por traz disso, é que o preço dos derivados dos combustíveis não podem variar apenas em função do dólar. O Brasil efetivamente tem um monopólio, embora o monopólio da extração tenha sido quebrado, a verdade é que o monopólio do refino não foi”.

O líder do PSB na Casa Legislativa explica que se as distribuidoras e, até mesmo postos de combustíveis, tivessem a importação facilitada, o preço final do combustível seria bem menor, pois haveria competitividade.

“O Brasil faz algo que é a mais absoluta contradição. Ele extrai o petróleo, vende o petróleo in natura e compra combustível, ou seja, ele gasta frete para mandar petróleo para o exterior e gasta frete para trazer o combustível. Vocês já imaginaram se fosse quebrado o monopólio do refino – que hoje, 99% está nas mãos da Petrobras – e fosse quebrado da Petrobras esta primazia, que tem de estabelecer os preços dos combustíveis e deixasse o preço flutuar livremente? Haveria competição. Se você facilitar e induzir a importação pelas distribuidoras e até mesmo pelos postos de combustíveis, nós teríamos preços menores”, disse.

Após a paralisação nacional dos caminhoneiros em função do aumento do óleo diesel, em maio deste ano, a categoria conseguiu que o preço do diesel fosse congelados até o fim do ano. Serafim ainda lembrou que o próximo Presidente da República está sujeito a enfrentar uma nova paralisação dos caminhoneiros, no dia 1º de janeiro de 2019, quando o subsídio não for mais concedido à categoria.

“Entendo que a sociedade brasileira exige um debate mais amplo sobre isso e a mudança dos paradigmas que nos impuseram ao longo dos tempos se exauriram. Eles não sobrevivem mais ao mundo de hoje. Quando isso acontece é inevitável que encontremos outros caminhos. Lembrando que há o subsídio para o óleo diesel aos caminhoneiros e isso vai valer até o dia 31 de dezembro. O próximo presidente, seja quem for, vai assumir com a queda do subsídio, o que significa dizer o aumento do óleo diesel no dia primeiro de janeiro. Isso pode resultar num novo movimento dos caminhoneiros que teve o resultado que teve”, concluiu.

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