
O assassinato da produtora rural Raquel Cattani, de 26 anos, com 34 facadas em um sítio no Assentamento Pontal do Marape, no município de Nova Mutum (MT) na noite quinta-feira (18) intriga os investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso.
Raquel é filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), aliado de Jair Bolsonaro (PL), que neste domingo (21) foi às redes e fez um duro pronunciamento sobre o caso, que tem gerado muitas especulações no Estado.
“Com o coração partido, mas preciso falar algumas coisas aqui. O marido da Raquel não foi preso nem confessou crime algum e nem eu matei minha filha como foi noticiado. Tenham pelo menos respeito a dor alheia seus desgraçados”, escreveu o deputado às 14h56 na rede X.
Produtora de queijos artesanais – premiada no 3º Mundial do Queijo, em São Paulo, neste ano – Raquel foi encontrada morta na manhã de sexta-feira (19) em um dos quartos da casa com ferimento “possivelmente causado por arma branca”, afirmou a Polícia Civil do Mato Grosso.
Segundo informações da Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica), foram identificadas 34 lesões de faca no corpo da produtora rural, algumas superficiais e no braço, indicando lesões de defesa, e outras mais profundas.
“Por hora, a participação do ex-marido dela foi descartada. Nós conseguimos os lugares por onde ele passou e foi confirmado todos os lugares que ele pisou no dia do crime”, disse o delegado Guilherme Pompeo.
Ex-marido de Raquel, Romero Xavier chegou a ser ouvido na delegacia, mas foi liberado. Ele chegou na casa da ex-esposa, com quem tem dois filhos – um menino de 6 anos e uma menina de 3 anos -, na hora da perícia. Eles se separaram recentemente.
A suspeita em relação ao ex-genro, fez com que Gilberto Cattani se pronunciasse nas redes.