Ataque hacker: fintech que levou milhões está em nome de ex-cozinheiro

Dono de fintech trabalhou como chef de cozinha até 2020 em Campo Grande - Foto: Reprodução / Linkedin

Alvo de um bloqueio judicial de R$ 270 milhões, valor que teria sido desviado do banco BMP naquele é considerado o maior ataque hacker da história do país, a fintech Soffy Soluções de Pagamentos está registrada em nome de um ex-cozinheiro gaúcho que fez carreira trabalhando em restaurantes no Mato Grosso do Sul.

Documentos da Junta Comercial de São Paulo mostram que Stevan Paz Bastos se tornou o único sócio do Soffy no dia 5 de maio deste ano, um mês e meio antes de a empresa receber 69 transações via Pix da conta do BMP, na madrugada do dia 30 de junho. O banco suspeita que a fintech seja uma “empresa de fachada”.

Em um pedido de investigação e bloqueio de bens feito à Justiça paulista, o BMP afirma que a empresa foi aberta em 2020 com endereço em uma praça na cidade de Atibaia, no interior de São Paulo, e depois teve a sede alterada para um prédio na Avenida Paulista, na capital, sem especificar qual o conjunto ocupa no edifício.

O documento destaca, ainda, que a Soffy Soluções de Pagamentos acumula uma série de reclamações por fraudes via Pix em sites de defesa do consumidor e que o dinheiro furtado por meio do ataque hacker no fim de junho “foi granulado e dissipado na compra de criptomoeda, notadamente, USDT”.

Além disso, o BMP afirma que a fintech transferiu milhões de reais para dezenas de pessoas físicas. Os maiores beneficiários, segundo o banco, foram Carlos Luiz da Silva Júnior, para o qual foram feitas sete transferências, totalizando R$ 44 milhões, e Vanessa Ribeiro Ritacco, para a qual chegaram R$ 20 milhões, fragmentados em quatro transações.

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