A Operação Freedom foi realizada com o intuito de desmantelar a estrutura armada e financeira do CV na Bahia, contando com a colaboração da Polícia Militar local, da Polícia Civil do Ceará e da Polícia Federal.
Mandados judiciais estão sendo cumpridos em Salvador, Eusébio, Ilhéus e Aratuípe, além do bloqueio de 51 contas bancárias associadas aos investigados.
Um homem, que não estava entre os alvos da operação, foi morto ao reagir à abordagem policial. Ele possuía antecedentes criminais e era conhecido por organizar ataques a grupos rivais do CV, sendo atingido durante a ação no bairro Uruguai, em Salvador.
A operação é fruto de investigações iniciadas em 2022, que revelaram que os principais alvos são suspeitos de envolvimento em pelo menos 30 homicídios em Salvador e na expansão das atividades do CV em diversas cidades baianas.
Entre os detidos, um casal foi identificado como líderes das operações do CV em Salvador. O homem, cuja identidade não foi divulgada, é acusado de coordenar o tráfico de drogas e os ataques a rivais, enquanto sua parceira é responsável pela gestão financeira da facção. Ambos foram capturados em Eusébio, na região metropolitana de Fortaleza (CE).
A ação na Bahia ocorre uma semana após a Polícia Civil do Rio de Janeiro ter realizado a Operação Contenção, também contra o Comando Vermelho. Essa operação, criticada por defensores dos direitos humanos, resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais.
O governador do Rio, Cláudio Castro, considerou a operação um “sucesso”, enquanto a Anistia Internacional a classificou como “desastrosa”, questionando a quantidade de mortes envolvidas.
“As autoridades da segurança pública [do Rio de Janeiro] afirmam que esta foi uma operação planejada. [Mas] uma operação com tantas mortes?”, indagou Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil, em entrevista.
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