ALEAM – O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado David Almeida (PSB) disse, nesta quinta-feira (26), que a nova empresa que vai assumir a ala cirúrgica no Hospital Delphina Aziz, tem histórico de atraso no pagamento de salários, diferente do atual instituto, o Imed, que está há cinco meses sem receber os repasses do governo, mas não deixou de honrar pagamentos da folha de funcionários.
“A empresa que atua no Delphina Aziz, a Imed, e que já vai sair, está há cinco meses sem receber do governo e nem por isso, atrasou salários. Agora a empresa que vai entrar, lá de Goiás, tem histórico recorrente de pagar salários dos seus funcionários com atraso naquele estado. Se não receber do governo em dia, não paga porque não tem a margem necessária que a Imed para segurar de cinco a seis meses sem receber”, explicou David.
O parlamentar denunciou que atualmente, as cirurgias estão paralisadas e o centro cirúrgico fechado. Ele lembrou, que quando esteve governador interino do Amazonas, das cirurgias contratadas, foram pagas, aproximadamente, 300 cirurgias. “Só que agora pararam e isso é ruim para a saúde pública do Amazonas. Eu quero aqui, pedir ao secretário de saúde e ao líder do governo, para que possam intervir junto ao governador para que tudo possa voltar a funcionar”, ponderou o presidente.
David lembrou que no começo do seu governo, o hospital funcionava apenas o térreo com urgência e emergência, 10% de toda a estrutura. Em seguida, ao saber que quase 8 mil amazonenses estavam na fila de espera para fazer cirurgias, exames e consultas, de acordo com dados do Sistema Nacional de Regulação (Sisreg), autorizou choque de gestão na Saúde.
“Naquela época, fizemos plano para ampliar a oferta de cirurgias, exames e consultas. E tinha muitos amazonenses nessa fila. A partir do plano, muitas filas foram zeradas e outras reduzidas em até 50% em menos de trinta dias. Nós conversamos com a direção da Parceria Público Privada (PPP) e do instituto que cuidava, o Imed”, disse.
Para David, o modelo de gestão aplicado no Delphina, com a empresa Imed, é a solução para os problemas da saúde do Estado. Uma iniciativa de excelência que, segundo ele obteve um índice de aprovação de 96% pela população que procurou atendimento no hospital.
“Estive governador interino por quase cinco meses, e fui visitar o hospital. As camas disponibilizadas para os pacientes são as mesmas utilizadas no Hospital Adventista. Na minha gestão foram entregues 10 leitos de UTI, 11 salas cirúrgicas, além de 16 leitos de recuperação e 112 leitos de internação”, lembrou David.
Cirurgias
David lembrou ainda que, inaugurou o segundo andar do hospital e credenciou o serviço cirúrgico do Delphina. Por meio de licitação, o Estado contratou o instituto Imed para a realização de 2.340 cirurgias e até o final da sua gestão interina foram efetuadas 1.641 procedimentos.
Ele explicou que o contrato para atender essa demanda, no valor de R$ 8 milhões, estava incluso o custo dos 140 leitos, 11 centros cirúrgicos, 10 UTIs, maqueiro, entre outros, além da disponibilização dos exames de todos aqueles que iam fazer a cirurgia. “Todo esse custo estava naquele valor contratado para as 2.340 cirurgias, para um prazo de três meses, prorrogáveis por mais três meses. Com todos os custos operacionais, uma cirurgia saiu por uma média de R$ 3,2 mil.”