Filho de Wallace Souza, desabafa, indignado, contra Rede Amazônica em sua rede social, por matéria que cita seu Pai, já falecido

AMAZONAS – Em sua rede social o filho só ex-deputado Wallace Souza, sentou a lenha na Rede Amazônica, por divulgar matéria, segundo ele, tendenciosa contra seu Pai, ja falecido,

leiam na íntegra;

   “Bom dia meus amigos e amigas.
Acordei hoje indignado e saturado com as constantes matérias que a REDE AMAZONICA DE TELEVISÃO continua transmitindo e envolvendo o nome do meu já falecido pai. É a gota d’agua. CHEGA! 
Meus amigos, eu tenho um irmão mais novo, um garoto que tinha apenas 9/10 anos quando toda aquela avalanche, toda aquela perseguição aconteceu. Eu tenho uma família que sofreu e sofre até hoje com a morte do homem que era o nosso esteio. Eu perdi meu pai e sofri muito, sofro até hoje porque luto, mesmo que aos poucos e fraco demais, pra provar a inocencia dele. Mas uns veiculos de imprensa que foram responsaveis pela morte prematura do meu pai, continuam nos atacando!! Continuam fazendo o jogo baixo que é atacar um homem que já faleceu e não está mais entre nós para se defender como ele sempre fez!
Mas como meu pai não está mais aqui, eu vou lhe defender. Eu não vou aceitar MAIS UMA MATÉRIA NOJENTA, que tem o descarado interesse em nos atingir, envolvendo meu pai, que não teve nenhuma condenação enquanto vivo! Apenas suposições!!
Rede Amazonica, para ser mais preciso, BOM DIA AMAZONIA, vocês não perdem UMA para citar o nome do meu pai… Estejam cientes da INJUSTIÇA que estão cometendo com uma família que sofre a exatos 4 anos. Seja lá qual for o interesse de vocês em envolver sempre o nome do meu pai. 
Eu não vou mais me calar! Não irão pisar no nome do meu pai mais uma vez”.

Tenho dito. Fiquem com Deus, disse, o indignado Willace Souza.
QUEM FOI WALLACE SOUZA E QUAIS CRIMES ELE FOI ACUSADO
Wallace Souza nasceu no Amazonas e teve outros irmãos, Carlos Souza e Fausto Souza.
Souza ingressou na Polícia Civil em Manaus, em 1979. Foi expulso da corporação em 1987 após ser flagrado desviando combustível da própria polícia.
Depois da expulsão da corporação, iniciou a política em 1996, como candidato a vereador de Manaus, obteve 898 votos e não foi eleito.
Em 1998 se candidatou a deputado estadual no estado do Amazonas e obteve 51.181 votos pelo PL.
Ingressou na TV com o Canal Livre na TV Rio Negro (hoje TV Bandeirantes Amazonas) em 1996. O programa mudou de emissora e foi para TV Manaus (hoje TV Em Tempo) com o novo nome Programa Canal Livre. Ao lado dos irmãos, comandava o programa com casos policiais, mostrando assassinatos, sequestros e operações de repreensão ao tráfico.
Associação criminal
Em 2008, o ex-policial militar Moacir Jorge Pereira da Costa, conhecido como “Moa”, denunciou que Wallace Souza e seu filho, Raphael Souza, comandavam quadrilha de esquadrão da morte e crime organizado no Amazonas. Em depoimento à polícia, diz que ao menos um assassinato foi cometido de acordo com determinação do deputado e gravado pela equipe de seu programa.
No dia 25 de abril de 2009, a Polícia Civil, que investigava desde 2008 as suspeitas de associação ao tráfico e até assassinato de traficantes adversários para exibição no programa de TV, entra na casa do parlamentar e apreenderam grande quantidade de dinheiro e ouro, além de armas e munição.
O filho, Raphael Souza, assumiu ser dono do material e recebeu voz de prisão. A operação foi muito tumultuada, pois Wallace e os irmãos Carlos e Fausto Souza, ao chegarem ao local, tentaram impedir a ação da polícia.
Wallace Souza era investigado pelos crimes de formação de quadrilha, tráfico de drogas, ameaça a testemunhas e porte ilegal de armas. O trio dos irmãos foi logo acusado de associação ao tráfico, mandar matar traficantes adversários apenas para mostrar no programa de TV para aumentar a audiência e liderarem o crime organizado no Amazonas.
Em julho, por determinação do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), Wallace Souza seria investigado por formação de quadrilha, associação ao tráfico de drogas, porte ilegal de armas e determinar a execução de crimes para que fossem exibidos no programa Canal Livre.
Em 2 de agosto, o programa Fantástico, da Rede Globo, através da reportagem feita da afiliada TV Amazonas, mostrou as graves denúncias (comparando ao “Caso Motosserra” do político no Acre Hildebrando Pascoal, com o nome do “Caso Wallace”, tornando-se conhecimento nacional e até no exterior.
Cassação
No dia primeiro de outubro de 2009, a Assembleia Legislativa (ALE-AM) iniciou a sessão de cassação do mandato de Wallace Souza. Vestido de branco e com uma Bíblia nas mãos, Wallace chorou em plena ALE, recebendo o apoio apenas do deputado Wilson Lisboa, presidente da sessão.
Mesmo assim, deputados da ALE-AM cassaram o mandato de Souza, por quebra de decodo parlamentar Em votação secreta, 16 deputados votaram a favor da perda de mandato. O placar marcou quatro votos contra e três abstenções.
Após o resultado da cassação, Wallace Souza passou mal e foi levado em uma maca a uma audiência na ALE-AM.
Prisão
Sem foro privilegiado por ter o mandato cassado, Wallace teve a prisão preventiva decretada no dia 5 de outubro, por associação ao tráfico. Agentes da Polícia Civil e Federal procuraram o ex-parlamentar por toda cidade de Manaus, chegando a armar barreiras nos portos e aeroportos da capital. Após quatro dias foragido, Wallace se entregou à polícia, em 9 de outubro.
Mesmo sem ter curso superior, Wallace foi levado para uma cela especial no 1º Batalhão da Polícia de Choque, localizado no km 17 da AM 010. A polícia temia pela segurança do acusado.
Outras prisões
Após a cassação de Wallace Souza surgiu o caso de Vanessa Lima, ex-produtora do programa Canal Livre. Ela foi denunciada por Patrícia Almeida, irmã do traficante “Franquezinho do 40”, preso no Mato Grosso do Sul por manter associação com o tráfico de drogas no Amazonas.
EEm 11 de novembro de 2009, Vanessa foi ouvida por três horas na sede da SSP do Amazonas. No depoimento, a ex-produtora nega que tenha telefonado para Patrícia e diz que recebeu ligação da irmã do traficante após a prisão de Raphael Souza, filho do ex-deputado, condenado a 11 anos de prisão por associação ao tráfico.
No mesmo dia, o Ministério Público do Amazonas decretou pedido de prisão preventiva de Vanessa Lima, que foi indiciada por associação ao tráfico de drogas no estado. Foi presa na tarde de 10 de dezembro também sob acusação de associação para tráfico de drogas.
Internações
Após a cassação, a saúde do ex-deputado piorou desde então.
A primeira internação foi no dia 2/11 de 2009. Ele deixou a prisão e foi encaminhado à Beneficente Portuguesa, Centro de Manaus. Com dores no abdômen e no tórax, Wallace ficou internado por três meses e meio, quando recebeu alta no dia 16/02 de 2010 e voltou para casa, para cumprir prisão em regime domiciliar.
No dia 11/03 de 2010, com doença crônica no fígado, foi transferido para o Hospital Bandeirantes, em São Paulo.
No dia 11 de junho, o quadro clínico de Souza piorou, devido a complicações nos rins e nos pulmões. Wallace deu entrada na Unidade de Tratamento Intensivo, chegando a ficar sob coma induzido e respirando por aparelhos.
Durante todo esse período ele ficou sob guarda de agentes da Polícia Federal. A família de Wallace tentou retirar a escolta policial e até transferi-lo para tratamento em Miami, nos Estados Unidos, mas a Justiça negou os pedidos.
Novas denúncias
Paralelo a isso, no dia 11 de maio de 2010, a produtora e repórter do Canal Livre, Gisele Vaz, afirmou em depoimento prestado na 2ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecente (2ª Vecute), que participou de pelo menos uma das reuniões em que Wallace Souza tramava, junto a mais três pessoas, o assassinato da juíza federal Jaiza Fraxe.
No dia 7 de julho, o juiz responsável pela investigação do “Caso Wallace”, Mauro Antony, declarou que o processo está perto de chegar ao fim. Até aquela data, foram ouvidas 12 réus e testemunhas de defesa. Mauro Antony esperava encerrar o caso em dezembro daquele ano.
Morte
Souza morreu às 16h do dia 27 de julho de 2010 após sofrer uma parada cardíaca.
O hospital divulgou nota oficial:
O ex-deputado estadual do Partido Progressista (PP-AM), Francisco Wallace Cavalcante de Souza, 51 anos, internado no Hospital Bandeirantes, em São Paulo desde o dia 18 de março de 2010, faleceu às 16h desta terça-feira (27/7), em decorrência de uma parada cardíaca. O paciente sofria de uma ascite refratária decorrente da Síndrome de Budd Chiari. Os médicos que acompanharam o paciente foram coordenados pelo diretor-clínico Dr. Mário Lúcio Alves Baptista Filho.
—Hospital Bandeirantes
Wallace Souza era casado e deixou três filhos.

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