AMAZONAS – A proposta de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que pede investigação nos 600 contratos firmados entre a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) e empresas privadas, recebeu nesta terça-feira (21) a assinatura favorável do deputado estadual Platiny Soares (DEM).
Platiny que é presidente da Comissão de Assuntos Municipais e Revisão Territorial da Assembleia Legislativa do Amazonas, se juntou a mais quatro parlamentares, que pedem um raio-x no sistema de saúde no Amazonas, no período que compreende entre os anos de 2012 e 2017.
“O momento da saúde no Amazonas é delicado. O cenário é precário para quem precisa de atendimento, acompanhamento e diagnostico médico na rede pública. É meu dever como parlamentar, cooperar para que os problemas que levam a isso, sejam revelados”, declarou Platiny Soares.
O pedido para a instalação da CPI é fundamentado entre outros pontos, na ‘Operação Maus Caminhos’, desencadeada pela Polícia Federal que evidenciou por meio de investigações e prisões, o desvio de verbas da saúde, especificamente nos plantões de técnicos e enfermeiros, com valores superfaturados.
“A saúde do Estado está um caso de calamidade pública, com muitos problemas de atendimento e de deficiência nos hospitais, e muitos são os escândalos envolvendo desvio de recursos. Vieram à tona os supercontratos na saúde, por meio da Operação Maus Caminhos, com desvios de mais de R$ 112 milhões; o superfaturamento de 780 cirurgias no Hospital Delphina Aziz, Zona Norte; o Programa “Fila Zero”, que ainda não acabou com as filas virtuais de atendimento nos hospitais; e agora o rombo de R$ 1,2 bilhão. É muito dinheiro indo para a vala da corrupção e faltando para a população. O que está faltando? É falta de planejamento? De gestão? Esta Casa não pode se calar e algo precisa ser feito urgentemente”, declarou o autor da proposta deputado José Ricardo (PT).
Além de Platiny Soares e José Ricardo, já assinaram os deputado Luiz Castro (Rede); Sinésio Campos (PT) e Sabá Reis (PR).
De acordo com o Artigo 52 do Regimento Interno da Casa, são necessárias apenas mais três assinaturas para que ela seja aceita pela Mesa Diretora.