“Tenho que pagar pelo que fiz”, diz Pai flagrado abusando da filhade 8 anos

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O homem de 30 anos que foi preso em flagrante após ser filmado abusando sexualmente da própria filha, de 8 anos, disse à polícia que mereceu as agressões que sofreu dos vizinhos da casa onde vivia com a menina em Barueri, Grande São Paulo.

“Tenho que pagar pelo que fiz”, afirmou o rapaz, que confessou o crime, em depoimento na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Barueri, no dia 25 de abril. O nome do preso não será publicado para preservar a identidade da vítima, filha dele.

O abuso foi filmado pela enteada dele. Nas imagens é possível constatar que a mulher desconfiava que seu padrasto abusava da menina. Ela entrou no quarto já com o celular em punho e registrou os dois nus, da cintura para baixo, deitados em uma cama de casal e debaixo de um cobertor.

O ambiente estava com a luz apagada. Ao acendê-la, ela presenciou o rapaz fazendo movimentos por baixo do cobertor deitado com a menina. Ao retirar a coberta, ela viu pai e filha despidos.

Abalada e chorando, a mulher mandou a criança se vestir. “Papai não pode fazer isso com você. Levanta, neném. Põe a roupa”. O homem colocou a calça, passou perfume e ameaçou a mulher que filmava a situação. “Não filma a minha cara, não. Se filmar, eu te mato”.

Em depoimento à Polícia Civil, o homem afirmou não se lembrar das ameaças feitas à enteada, alegando que “estava muito nervoso”.

“Eles fizeram o certo”

Na sequência, a mulher acionou a Polícia Militar, para quem mostrou a gravação em vídeo feita no quarto. Antes da chegada dos PMs, o abusador foi agredido com chutes e socos pelos vizinhos e ficou ferido no rosto.

“Eles fizeram o certo”, afirmou o homem após o espancamento, ainda em depoimento na DDM.

Ao ser interrogado na delegacia, o homem “manifestou o interesse em falar e confessou a prática dos atos libidinosos”, segundo boletim.

A polícia solicitou a prisão preventiva dele, decretada no dia seguinte ao flagrante pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

“Submetida a escuta especializada por profissional devidamente habilitado para o ato, a vítima [menina de 8 anos] confirmou os abusos noticiados, conforme relatório técnico anexado com sigilo a este boletim de ocorrência”, diz o registro policial.

Ele seguia atrás das grades até a publicação desta reportagem. A defesa dele não foi encontrada. O espaço segue aberto para manifestação.

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