MP-GO: Padre Robson é o comandante de uma organização criminosa

"organização criminosa empresarial que se utilizava de associações e empresas para realizar apropriações indébitas, falsidades ideológicas e lavagem de capitais em benefício próprio"

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu denúncia contra o padre Robson de Oliveira Pereira e mais 17 pessoas por organização criminosa destinada a obtenção de vantagem. A denúncia é resultado de investigações realizadas na Operação Vendilhões, deflagrada em setembro deste ano.

Segundo o MP, padre Robson seria o comandante de uma “organização criminosa empresarial que se utilizava de associações e empresas para realizar apropriações indébitas, falsidades ideológicas e lavagem de capitais em benefício próprio”, desviando assim “recursos recolhidos em nome das associações de caráter religioso e com a finalidade declarada de construção de uma basílica e de realização de atos de caridade”.

Os promotores acusam o padre de desviar dinheiro de uma associação e repassar a terceiros. Procurado a defesa do padre Robson afirmou que a denúncia “nada tem de novo” e que o religioso é alvo de “injustas acusações”. O religioso, que era presidente da Afipe (Associação Filhos do Pai Eterno), responsável pelo Santuário Basílica de Trindade, em Goiás, é suspeito de desviar cerca de R$ 120 milhões de doações de fiéis.

Em nota, a Afipe disse que “confiamos na Justiça e esperamos que ao final do processo todas as dúvidas sejam esclarecidas”, e que “estamos à disposição para todos os esclarecimentos que se fizerem necessários para a elucidação dos fatos”. “É importante salientar que a Associação Filhos do Pai Eterno é uma entidade civil sem fins lucrativos e com a missão de evangelizar. A Afipe não é investigada e nem denunciada”, acrescenta.

Em vídeo enviado a imprensa, o advogado Pedro Paulo de Medeiros, que faz a defesa do padre Robson, criticou o Ministério Público. “A denúncia oferecida nada tem de novo. São as mesmas injustas acusações feitas pelo Ministério Público em outubro, e que agora são repetidas. O que o Ministério Público quer dizer é como uma associação privada, que é como a sua casa, ou a minha casa, como ela deve ser gerida. O MP quer dizer como uma associação privada, que não recebe nem um centavo de dinheiro público, tem que gastar o seu dinheiro. Isso é assunto da própria Afipe”, argumentou Pedro Paulo de Medeiros.

 

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